
O que quer uma mulher?
Perguntou Freud, Lacan, indaga Chico Buarque e tantos homens perplexos com elas .
Essa falta estranha e provocadora de saber das mulheres suscita nos homens a necessidade de recobri-las de significantes (tão preciosos a elas).
Elas amam que eles delas falem.
São jóias, músicas, viagens e quantos mais gadjets eles possam pensar para identificá-las.
São metáforas do desejo masculino, portos mais seguros para que possam se ancorar.
Delas não obtêm mais do que a própria falta: o ser feminino.
Iolandas, Carolinas, Januárias, Lígias, Teresinhas, Sílvias, Ritas, Renatas, Madalenas, Lolas, Luizas, Genis e Marias.
A mascarada feminina é capaz de ser todas elas: filha, amante,mãe, prostituta, executiva, mártir.
Tantas e nenhuma.
A verdadeira não tem nome nem lugar.
Surge, emerge de si mesma.
As mulheres intrigam Chico Buarque, enganam, o confundem, como confessa: "o olhar de uma mulher faz pouco até de Deus, mas não engana uma outra mulher".
Clique e veja a entrevista de Chico Buarque de Holanda:
http://www.youtube.com/watch?v=BwBbLBU6Im4&NR=1