Volto hoje a escrever no meu amado blog, inspirada pelo dia internacional da mulher, ilustrando com essas mulheres admiráveis: Cecília e Tarsila.
Tenho fases, como a lua
Fases de andar escondida,
fases de vir para a rua...
Perdição da minha vida!
Perdição da vida minha!
Tenho fases de ser tua,
tenho outras de ser sozinha.
Fases de andar escondida,
fases de vir para a rua...
Perdição da minha vida!
Perdição da vida minha!
Tenho fases de ser tua,
tenho outras de ser sozinha.
(Lua Adversa - Cecília Meireles)
Mulher de fases, mulher-fases, mulher-lua.
Quando alguém se aproxima de uma fase, lá vem outra
complicar.
Não é proposital, não é do mal, é simples como uma nota
musical.
Ora aqui, ora ali, construindo melodias, tecendo amores, protegendo
escapes secretos, por onde se esvai e se reconstrói.
A mulher busca as palavras de amor no Outro, pois delas faz
seu tecido e se recobre de gozo.
Palavras de amor vão e vêm.
E do fantasma do abandono, ela alça novo vôo, novas
descobertas no profundo mergulho que faz em si, voltando a ser seu centro, para se saber tão valiosa, seja em dor ou em encanto.
Para que saber o que querem? Apenas as deixem ser como a lua.
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