terça-feira, 2 de março de 2010
Novas síndromes que invadiram nosso pedaço.
Síndrome do pânico, depressão, angústia, TOC, bipolaridade.
O corpo é algo que é feito para gozar a si mesmo.
O primeiro sintoma de angústia anuncia que algo pode acontecer, uma invasão do real no imaginário que escapa à simbolização, à linguagem. Surgem as doenças que vão escrever, de sua forma enigmática, a história do sujeito.
O corpo da psicanálise é diverso do corpo da biologia, porque é atravessado pela linguagem, estabelecendo um diálogo profundo entre biologia (corpo) e psiquismo. Um e outro estão totalmente ligados e interagem desde sempre.
É o corpo pulsional. É um corpo que fala.
Se não colocamos em palavras o mal-estar, a doença se inscreve no corpo, como uma via de acesso ao que não é simbolizável.
As novas síndromes são doenças que a globalização oferece, com seus imaginativos nomes e velhos formatos.Onde estavam há anos atrás? Mudamos tanto?
Não. Elas ressurgem atualizadas pela mídia, pelas bulas que descrevem sintomas, pelo doloroso teatro das novas-histéricas.
O remédio, amplamente veiculado pela indústria capitalista, traz no rótulo o nome da felicidade, a nomeação da ilusão de cura, de que tudo é somente biológico.
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Muito interessante sua colocação. Concordo plenamente com seu comentário, nada mudou apenas famos dando nomes aquilo que nunca deixamos de ser. Somos pessoas que diante da pressão vão reagindo com o corpo.
ResponderExcluirObrigada por seu comentário. É preciso investir mais na mente e não dar voz apenas ao corpo. Abraços, Beth
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